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Olá, imparável. Salve Maria. Tudo bem?
Você já parou para pensar que quando você nasceu, você não nasceu com boletos para pagar?
Com o tempo, a gente vai evoluindo e o mundo atraente, com todas as suas ofertas de produtos e serviços, nos faz criar necessidades.
E aí começa a busca por seu próprio dinheiro.
Em Flow – Guia Prático, o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi diz que temos 3 atividades principais:
Produção: nosso trabalho, que gera a renda para nossa sobrevivência e posses.
Manutenção: nosso cuidado com nosso corpo, alimentação, atividades domésticas.
Lazer: tempo livre, hobbies, redes sociais, entretenimento, diversão.
Para Morgan Housel, em A arte de gastar dinheiro, o dinheiro é uma ferramenta que pode proporcionar coisas. O problema é quando a pessoa compra aquilo que quer, em vez daquilo de que precisa. “O que a sociedade nos diz que devemos fazer com o dinheiro nem sempre é o que deveríamos fazer para tirar o máximo proveito dele.”
O dinheiro deveria ser uma forma de proporcionar uma vida melhor, em vez de ter que gastá-lo para mostrar o quanto se tem e ser uma forma de conquistar respeito. Em vez da pessoa aprender a usar o dinheiro, o dinheiro pode acabar “usando e controlando a pessoa”, fazendo com que a pessoa se torne escrava dele. Sempre terá alguém ganhando mais e enriquecendo mais rápido.
Morgan explica que existem pessoas que usam o dinheiro como parâmetro de sucesso comparando-se com outras pessoas. Mas também tem aquelas que usam como uma ferramenta para uma vida melhor. Para você saber se você está tomando uma decisão pensando na sua felicidade, em vez da exposição social, Morgan sugere perguntar-se: “eu ficaria feliz com esse desfecho se ninguém além de mim e da minha família pudesse vê-lo e eu não comparasse o resultado com a aparência do sucesso de outras pessoas?”
Enquanto Morgan nos orienta sobre a importância de usar o dinheiro como ferramenta, em vez de exposição social, lembre-se que a felicidade verdadeira está em Deus.
“Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.” (Mateus 6,24)
“O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo, (felicidade) que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. ‘A promessa de ver a Deus ultrapassa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar’.” (Catecismo da Igreja Católica, CIC 2548)
O dinheiro deve ser uma ferramenta para fazer o bem: sua família, seu trabalho, estudo, caridade, sustento da Igreja... Quando nos tornamos ferramenta do dinheiro, perdemos a liberdade que Deus nos deu.
Segundo Morgan, “a maneira mais rápida de ficar rico é ir devagar”. Quando você vai juntando um pouco por mês, você teria menos anseio em querer se exibir, direcionando sua energia para pensar no que deixaria você e sua família felizes e realizados. Você mantém a perseverança, pensa numa visão de longo prazo, não fica pulando em diferentes investimentos e fica menos volátil à instabilidade da economia. Você não evita as tribulações; você sabe que passará por elas.
“Quando passares pela água, estarei contigo, quando passares por rios, eles não te submergirão. Quando andares pelo fogo, não te queimarás, a chama não te atingirá.” (Isaías 43,2)
O teólogo Hans Urs von Balthasar, em Maria para hoje, diz que a jovem se assustou quando o anjo a chamou de “cheia de graça”, pois uma “luz” foi lançada sobre sua própria essência. Ele ensina que a humildade (pobreza de espírito) é a consciência espontânea de que “tudo aquilo que o homem é e possui é empréstimo e dom de Deus”.
Devemos louvar a Deus por tudo o que Ele é, mais do que por aquilo que Ele nos dá.
“Provai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que se refugia junto dele.” (Salmos 33(34),9)
Que a paz de Jesus nos faça buscar as coisas simples e o amor de Maria nos acompanhe. 💙
Nos vemos no próximo sábado!
Forte abraço!