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Boa escolha.

#60

Angelo Públio
ago 30, 2025
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Olá, imparável. Salve Maria. Tudo bem?

Quantas decisões você precisa encarar nos negócios ou na vida pessoal? Contratar ou terceirizar? Contratar um CRM ou desenvolver? Vender um imóvel ou colocar para alugar? Quando pequeno, a vida era mais simples: ter que escolher que presente ia pedir de aniversário. Agora as decisões pesam mais.

Muitas vezes até tomamos uma decisão, mas, logo em seguida, a gente, feliz da vida, vai contar para alguém a nossa escolha. Mas a gente ouve uma nova opinião e aquela escolha, que parecia a melhor, já perde lugar para outra que você já tinha descartado. Parece que nossa memória é fraca.

Como é possível fazer uma boa escolha?

A boa escolha.

É certo que precisamos ter fé e pensar positivo, acreditar que as coisas se resolverão, mas de maneira que seja sempre feita a vontade de Deus.

Mas não é só pensar positivamente. É preciso ter ação. Só que ação por ação não é garantia de que estaremos fazendo a melhor opção.

Nossas ações devem ser emolduradas pela fé em Cristo. Mas, antes de agir, devemos ter o discernimento entre as opções, para considerarmos a que é a melhor, sem cair no pecado e alinhada ao que Deus quer para nós.

Boa escolha

“Observai atentamente como agis, não como insensatos, mas como sensatos. Aproveitai a ocasião, pois os tempos são maus. Por isso, não sejais imprudentes, mas compreendei o que o Senhor deseja.” (Efésios 5,15-17)

Para poder escolher bem, você deve definir quais são as opções diante de você. E, a partir delas, usar critérios para escolher bem.

Como escolher bem.

Você deve definir uma lista de itens para cada escolha. Para cada item, você precisará definir o “peso” que esse item representa na decisão.

Alguns métodos, como o MoSCoW (Moscow Rules: A Quantitative Exposé), usam termos como "deve ter" (must have), "deveria ter" (should have) e "poderia ter" (could have) como critérios de classificação dos itens que precisam fazer parte de um projeto.

Vamos adotar, para o nosso caso, termos mais simples como “Urgente”, “Importante”, “Legal” e “Tanto faz”. Além disso, vamos atribuir um peso numérico:

  • Urgente = 3

  • Importante = 2

  • Legal = 1

  • Tanto faz = 0

Por exemplo, se você está na dúvida entre desenvolver uma ferramenta ou contratar uma pronta no mercado, um dos itens seria "Velocidade de implementação", e esse item poderia ter o peso "Urgente (3)".

Agora, para cada item, vamos dar uma nota de acordo com as opções existentes. Vamos estabelecer uma nota em 0, 1, 2 ou 3.

Já um empreendedor que está na dúvida entre "comprar um imóvel" ou "alugar um ponto" poderia ter um item "Baixo investimento", com o peso "Importante". Na opção "Comprar um imóvel", teria nota "0" neste quesito; já em "Alugar um ponto", seria "3".

Agora chegamos à combinação de duas métricas que precisamos ter para apoiar nossa decisão: um peso e uma nota, que formam o método SMART (Research of Simple Multi-Attribute Rating Technique for Decision Support).

Então, se fôssemos montar uma tabela, teríamos as seguintes colunas:

  • Coluna 1: Item

  • Coluna 2: Peso. Os valores serão Urgente (3), Importante (2), Legal (1), Tanto faz (0)

  • Coluna 3: Nota para a opção "A" (exemplo: Comprar um imóvel). Preenchido com 0, 1, 2 ou 3.

  • Coluna 4: Nota para a opção "B" (exemplo: Alugar um ponto). Preenchido com 0, 1, 2 ou 3.

  • Coluna 5: Nota ponderada "A" (Valor do peso x Nota dada na Opção "A")

  • Coluna 6: Nota ponderada "B" (Valor do peso x Nota dada na Opção "B")

Por exemplo:

Imagine um empreendedor que quer comparar se ele deve “Comprar pronto (A)” ou “Construir sob medida (B)”. Isso é muito comum acontecer, tanto na vida pessoal quanto profissional: devo comprar um móvel pronto ou construir com um marceneiro sob medida? Devo contratar um software ou tentar construir meu sistema no Notion?

Você define quatro itens (poderia ser muito mais):

#1. Velocidade de implementação

  • Peso: Urgente (3)

  • Nota: A = 3 | B = 2

  • Ponderado: A = 9 | B = 6

#2. Baixo investimento inicial

  • Peso: Importante (2)

  • Nota: A = 1 | B = 0

  • Ponderado: A = 2 | B = 0

#3. Atendimento fora do horário comercial

  • Peso: Legal (1)

  • Nota: A = 1 | B = 3

  • Ponderado: A = 1 | B = 3

#4. Documentação em português, além do inglês

  • Peso: Tanto faz (0)

  • Nota: A = 1 | B = 3

  • Ponderado: A = 0 | B = 0

Ao final da tabela, você terá a soma total dos valores da Coluna 5 e a soma total da Coluna 6; o maior valor será a melhor escolha.

Como resultado final, teremos:

  • Opção A (Comprar pronto): 9 + 2 + 1 + 0 = 12

  • Opção B (Construir sob medida): 6 + 0 + 3 + 0 = 9

  • Opção Vencedora = Opção A

Observação:

Se fôssemos decidir apenas pela soma das notas de cada opção (sem a nota ponderada do peso x nota), em A teríamos 3 + 1 + 1 + 1 = 6. Para B teríamos 2 + 0 + 3 + 3 = 8. Nessa situação, a opção B seria a vencedora.

Como o “peso” do item é relevante na nossa decisão, uma pessoa que tem conhecimento em inglês poderia considerar que ter o manual “em português” não pesaria na sua escolha (peso “0”). Assim, mesmo que na opção B o manual em português receba nota 3, isso não seria relevante se a outra opção só tivesse em inglês.

Dessa forma, com base nas notas e pesos dados para cada item, nessa avaliação, entre essas duas opções, a decisão seria “Comprar pronto” porque os itens mais importantes (velocidade e investimento inicial) tiveram mais peso, mesmo que construir ganhe em outros pontos ou na soma das notas (sem a ponderada).

Resumindo a análise:

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